quinta-feira, 21 de julho de 2011

VERGONHA E O MEU AMOR

Ontem eu e o Pedro fomos dar uma volta depois do jantar ali pela Expo, como estava um vento horroroso não havia praticamente ninguém por ali, pelo que podemos passear junto ao rio de mão dada e até parámos para dar um beijo depois de olharmos em redor umas 10 vezes cada um.

Quando estavamos a chegar ao Ocenário estavam 2 gajos também a namorar, passámos sem olhar para eles, mas um deles ficou a olhar para nós e levantou-se. Deu uma corridinha e apanhou-nos.
- Desculpem incomodar..mas não te conheço?
Quando eu olhei para ele ia morrendo. Já o conhecia, sim, e de que maneira. Tinha estado com o meu coiso na boca dele lá no tal sitio onde andei. Passei-me da cabeça e comecei a disparatar com o tipo
- E depois se conheceres?
O Pedro tentou acalmar-me, tem calma. Só me dizia para ter calma.
O outro deu-nos um sorriso envergonhado
- Era só para ter certeza. Já foi há bué tempo.
De repente caí na realidade, ninguém teve culpa do que se passou sem ser eu, muito menos aquele rapaz que eu nem sequer o nome fixei.
O Pedro disse ao outro que provevelmente nos conheciamos mesmo, se eramos todos gays era provavel que frequentassemos os mesmos sitios.
Nunca me senti não envergonhado do que fiz e nunca me senti tão orgulhoso da maturidade que o meu namorado tem.
O outro rapaz (que afinal se chama André) despediu-se e o Pedro olhou para mim, abraçou-me e disse-me baixinho ao ouvido - Já passou, amor. É passado.

Eu não o mereço...mesmo

Mas de uma coisa tenho a certeza, nunca mais faço seja o que for para o perder

Amo-te

Rich

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